tag:blogger.com,1999:blog-51606951927250689582024-03-05T12:05:11.178-08:00Esfinge CulturalCultura em geral, resenhas semanais.Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.comBlogger153125tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-50719589015443055822016-05-11T13:36:00.000-07:002016-05-11T13:36:37.411-07:00Resenha de Filme: Emma Watson brilha em "Colonia", filme que mistura romance, drama e suspense de forma inteligente.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimrEEnU48MaycoC6PHvmZ2oZNgLabAZ1byMqsZux8IsbH3tgy5FvIiFVkShSuLs_gNXKyyhZihVMx37Epm60-PS2nCXyKaRP_1bGpB-WR-u4YRvEyLrI0a0c7G83BdniLzhACP4A9O6SYv/s1600/colonia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimrEEnU48MaycoC6PHvmZ2oZNgLabAZ1byMqsZux8IsbH3tgy5FvIiFVkShSuLs_gNXKyyhZihVMx37Epm60-PS2nCXyKaRP_1bGpB-WR-u4YRvEyLrI0a0c7G83BdniLzhACP4A9O6SYv/s320/colonia.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Impossível começar a falar de Colonia sem exaltar o talento de Emma Watson. A já não "eterna" Hermione da saga Harry Potter nos cinemas vem apresentando trabalhos significativos, com excelentes interpretações, e no longa de Florian Gallenberger, diretor que também assina o roteiro, ela entrega um atuação com alma, digna de aplausos. Em meio ao golpe de Estado que derrubou o presidente Salvador Allende e culminou com a ascensão do ditador Augusto Pinochet no Chile, em 1973, o casal alemão Lena (Watson) e Daniel (Daniel Bruhl) enfrenta a onda turbulenta das manifestações. Quando o rapaz é levado pela polícia secreta de Pinochet, Lena descobre que ele está em um lugar chamado Colonia Dignidad, uma missão de caridade dirigida pelo pregador Paul Schafer (Michael Nygvist). Ao se juntar a esse culto religioso para salvar Daniel, Lena descobre segredos terríveis e vê a chance de escapar cada vez mais remota. Interessante apontar que a Colonia Dignidad realmente existiu durante quatro décadas, onde apenas 5 pessoas conseguiram escapar. Gallenberger consegue fazer uma pesquisa história impressionante, reconstruindo o local através de fotos com bastante fidelidade. Romance, drama e suspense se misturam de forma coesa, fazendo de "Colonia" um filme tenso, nervoso, que prende a atenção do início ao fim, principalmente no fim, que mesmo fugindo da realidade histórica, oferece cenas eletrizantes. O filme pode causar certo incômodo com as cenas fortes com o pregador Paul Schafer, envolvendo principalmente atos de tortura, sendo inegável que Michael Nygvist entrega um personagem repugnante, marcante e repulsivo. Embora o filme não entregue algumas respostas sobre a vida dos personagens principais, "Colonia" é filme que vale a pena ser assistido, principalmente pelas interpretações excelentes.</span></div>
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<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-48766129077613154782016-04-05T11:57:00.002-07:002016-04-05T11:59:56.581-07:00Resenha de Disco: Em "Tropix", Céu mistura MPB com pop eletrônico e reafirma sua versatilidade.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO3itGUWy8_MmpJ9UX2-XOcAY7PSIVD_-iz3mpZamt_FVsrM-Gjnsl_nxVXOzV_dgH2HRsj1UKh_De7C53VdMHxtbu4PY7XYWpWgnY2MADIqxVIfe3yGQwc-VunpjYsnMpMzN-080RWcQ2/s1600/tropix.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO3itGUWy8_MmpJ9UX2-XOcAY7PSIVD_-iz3mpZamt_FVsrM-Gjnsl_nxVXOzV_dgH2HRsj1UKh_De7C53VdMHxtbu4PY7XYWpWgnY2MADIqxVIfe3yGQwc-VunpjYsnMpMzN-080RWcQ2/s320/tropix.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma mistura de MPB com pop eletrônico permeia "Tropix", quarto álbum de inéditas da cantora Céu. Sucessor do excelente "Caravana Sereia Bloom", esse lançamento pouco se parece com os discos anteriores, mantendo a inovação e renovação como marca registrada da artista. Céu assina, sozinha ou em parceria, 10 das 12 faixas e é responsável pela coprodução do trabalho, que abusa de teclados e sintetizadores, como na irresistível "Perfume do Invisível", escolhida para primeiro single e que abre o disco. A produção ficou a cargo do baterista Pupillo (Nação Zumbi) e do tecladista francês Hervé Salters. A cantora Tulipa Ruiz participa de forma tímida em "Etílica/Interlúdio", música imersa em ambiente psicodélico. Há um clima lúdico no álbum, principalmente em Varanda Suspensa, onde Céu descreve a vista da casa de seu avô em São Sebastião, no litoral paulista. Já "A Menina e o Monstro" foi inspirada em sua filha Rosa Morena, de 7 anos, tendo como base "Onde Vivem os Monstros", livro de Maurice Sendak que foi adaptado ao cinema por Spike Jonze. "A Nave Vai", composta por Jorge Du Peixe, é talvez a canção mais acessível do disco, onde em seus versos expõe que "de manhã sou um, de noite já fui dois". Certamente tem muito de Céu, que assume várias caras em cada um de seus discos, com obras diversificadas e que jamais pode ser acusada de "cair na mesmice". Causando certo furor musical com seu disco de estreia "Céu" em 2005, passeando pelo reggae dois anos depois em "Vagarosa" e misturando brega e indie-rock em 2012 em "Caravana Sereia Bloom", somente uma cantora competente poderia se reinventar tanto. E, dessa vez, "Tropix" vem para reafirmar a importância de Céu no atual cenário musical brasileiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-25461465343417050402016-03-21T15:50:00.003-07:002016-03-21T15:51:42.332-07:00Resenha de Filme: Aparentemente Simples, Brooklyn é Belo Filme Que Ressalta o Talento de Saoirse Ronan.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvWdJ0EAp4OPwNyopnz0SCqGOUJYOiDxWxgGTCSbvmcZD-bmRydHljohtrvTSj8yqNI5TRKu1DpPeAH_7yXCkcbl5t3fbBOFgyBUPkq0dhbb8j3DXVi5RNg3yQH6wAZVPnaAhedEDEr_z2/s1600/brooklyn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvWdJ0EAp4OPwNyopnz0SCqGOUJYOiDxWxgGTCSbvmcZD-bmRydHljohtrvTSj8yqNI5TRKu1DpPeAH_7yXCkcbl5t3fbBOFgyBUPkq0dhbb8j3DXVi5RNg3yQH6wAZVPnaAhedEDEr_z2/s320/brooklyn.jpg" width="240" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Que alegria é assistir a um filme e se apaixonar por cada minuto dele. Com três indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz, mais que um belo espetáculo cinematográfico, Brooklyn marca o amadurecimento de Saoirse Ronan, que já tinha brilhado em 2007 em Desejo e Reparação. Situado na década de 50, Brooklyn narra a história de Eilis Lacey, que sai da Irlanda rumo à Nova York em busca de novas oportunidades, ajudada pelo também irlandês padre Flood (Jim Broadbent). A cidade recebia imigrantes de várias nacionalidades e são esses que a ajudaram a se tornar o que é hoje. A Europa vivia o pós-guerra, onde principalmente os mais jovens não viam grandes perspectivas. Eilis chega ao país já com um emprego, moradia em uma pensão e passa a cursar Contabilidade em aulas noturnas. Tudo parece promissor, mas saudade de casa faz com que seus dias sejam tristes. Deixando para trás a mãe e a irmã e com uma cultura irlandesa bem arraigada, Eilis passa os dias tristes e cabisbaixa, até que conhece Tony (Emory Cohen), rapaz de descendência italiana que lhe oferece companhia, carinho e amor. Só então os dias da protagonista se tornam ensolarados. Tudo vai bem até que uma tragédia faz com que Eilis tenha que retornar à Irlanda e então, essa segunda parte o filme é marcada por conflitos internos, dúvidas e questionamentos cujas respostas são difíceis de se conseguir. O filme, que poderia ser mais um drama facilmente esquecido, possui uma beleza e uma singularidade que me faz lembrar de algumas cenas constantemente. Com direção de Jonh Crowley e roteiro assinado por Nick Hornby, Brooklyn encontra sua força na interpretação de Saoirse Ronan, que confere à sua personagem simplicidade e força ao mesmo tempo. Eilis mostra uma evolução clara, uma mulher de múltiplas características, com uma personalidade rica e muito bem trabalhada. Aparentemente simples, mas que se torna grandioso quando analisamos suas minúcias e abrimos o coração pra sua beleza, Brooklyn é filme que merece ser visto e aplaudido.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Escrito por André Ciribeli. </span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-91312347677234330962015-08-19T10:13:00.002-07:002015-08-19T12:55:43.773-07:00Resenha de Disco: No Excelente "Matéria Estelar", a Talentosa Rhaissa Bittar Dá Vida e Voz a Objetos Inanimados.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyRoTnq0dY8nkrQLkS1Es2gG4m11WzfjzWddBA0KcDBrge3u8i7xJ4THbltrMns-CWqER8w7RZxlKwm_U5tDOV_gdokCzZzW0eQhIVC1V6uBokv_4e03lG3GtVTa4mTgaAvpHhlq8PG0q3/s1600/Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyRoTnq0dY8nkrQLkS1Es2gG4m11WzfjzWddBA0KcDBrge3u8i7xJ4THbltrMns-CWqER8w7RZxlKwm_U5tDOV_gdokCzZzW0eQhIVC1V6uBokv_4e03lG3GtVTa4mTgaAvpHhlq8PG0q3/s320/Capa.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Alguns poucos anos atrás eu tive a oportunidade de conhecer, ouvir e escrever sobre "Voilá" disco de Rhaissa Bittar que sinalizava uma carreira promissora para a versátil cantora. Recentemente tive o prazer de ouvir "Matéria Estelar", segundo disco de Rhaissa que confirma todo seu talento e criatividade. O álbum é uma coleção de canções grandiosas que ganham forma na sua voz delicada e na sua interpretação teatral. O repertório é composto por apólogos, narrativas que personificam seres inanimados. Assim, somos presenteados com histórias inusitadas, cômicas ou melancólicas. Uma lista telefônica desempregada, uma pera que se apaixona por um caju, um leque que anseia pela aposentadoria, uma guarda-chuva que sonha em ser famoso, uma foto esquecida, palitos que não conseguem conviver dentro de uma caixa de fósforos e a adaga de Lady Macbeth são algumas histórias cantadas por Rhaissa. Tudo é um show de criatividade e autenticidade em "Matéria Estelar", que conta com a composição e produção de Daniel Galli. Há também uma variada mistura de ritmos, como samba, frevo, jazz e tango. É difícil destacar as melhores músicas, já que o disco é coeso, contando com uma impecável produção, mas posso citar "O Leque", "Artifício", "Palitoterapia" e a belíssima "Pérola do Brinco da Moça", na qual faz referência à obra do pintor holandês Johannes Vermeer. "Matéria Estelar" é disco sublime, que merece ser ouvido várias vezes, proporcionando ao ouvinte fortes doses de criatividade e talento.</span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli. </span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-4976233273031224902015-07-07T16:02:00.001-07:002015-07-07T16:54:20.490-07:00Resenha de Disco: Janelle Monáe Tem Trabalho Regido Por Soul e Competência.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU5A1bgXh9NFgWJ9vSjuCUwvabYTEEU6rcz4mH4LD5JR62qSuL3lhEfcqMnxowsS_xdFqgUm2MymZTrDuID39fHMji3Lss-KnNjBvBpqgTKe8cbxh4-_RPnVWoUhx3Gnvg7J-9-37x5fQ-/s1600/janelle.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU5A1bgXh9NFgWJ9vSjuCUwvabYTEEU6rcz4mH4LD5JR62qSuL3lhEfcqMnxowsS_xdFqgUm2MymZTrDuID39fHMji3Lss-KnNjBvBpqgTKe8cbxh4-_RPnVWoUhx3Gnvg7J-9-37x5fQ-/s320/janelle.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Quando lançou "The ArchAndroid",
Janelle Monáe foi alçada a um patamar altíssimo, com um disco
conceitual, onde mesclava novos ritmos ao antigo soul da Motown com uma
bela pitada de psicodelia. Anos depois, mais precisamente em 2013, o
aguardado sucessor chegou fazendo estardalhaço. "The Eletric Lady" não
decepcionou. O disco abraça o soul mais forte, mais intensamente, onde
músicas calmas e agitadas dividem espaço com interlúdios que simulam uma
rádio, introduzindo o grande espetáculo que estamos prestes a ouvir. O
álbum ainda cria metáforas presentes em um mundo hipotético, dominado
por androides. Mesmo mantendo a cara, voz e assinatura de Janelle, há
inúmeras participações especiais. Prince está presente em "Givin’ Em
What They Love", Esperanza Spalding em "Dorothy Dandridge Eyes". Monáe
divide os vocais com Erykah Badu em "Q.U.E.E.N.", um hino à liberdade e
força feminina. Solange canta na faixa "Eletric Lady" e Miguel arrebata
na balada "PrimeTime", que para mim é um dos destaques do disco, junto
com "It's Code" e "We Were Rock n' Roll". Porém, as grandiosas
participações não ofuscam a cantora, ao contrário, apenas acrescentam
beleza a uma obra que já beira a perfeição. Tudo é cuidadosamente
arquitetado e jamais soa artifical, com produção super competente. O
talento de Janelle não passa despercebido, assim como seu repertório
inspirado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli. </span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-90569132164898402852015-04-23T18:23:00.001-07:002015-04-23T18:31:38.729-07:00Resenha de Disco: Em "Oito", Marjorie Estiano Apresenta um Trabalho Multifacetado e Maduro.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeLFS017l5Ds08QX6AHkzcmXR9BIpt5wHziOof0Sq9wQH0vx6QVlRIe_4oHDq5WEUfg-FvIlIFxwLtltAWyS49bTnd6gWSVsBEqieIe9nuqUfJIWA6zLrJhB0kI7waCQV2TJovRjni6QYu/s1600/Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeLFS017l5Ds08QX6AHkzcmXR9BIpt5wHziOof0Sq9wQH0vx6QVlRIe_4oHDq5WEUfg-FvIlIFxwLtltAWyS49bTnd6gWSVsBEqieIe9nuqUfJIWA6zLrJhB0kI7waCQV2TJovRjni6QYu/s1600/Capa.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi com muita curiosidade que ouvi "Oito", terceiro álbum de Marjorie Estiano. E foi com alegria que constatei que a atriz e cantora lançou um álbum maduro e consistente, que nem de longe lembra sua época em Malhação, da Rede Globo. O disco chega sete anos desde o seu último lançamento, "Flores, Amores e Blábláblá", apresentando 11 faixas, sendo 8 autorais. O trabalho flerta com diversos ritmos, como blues, jazz, MPB, reggae e forró, mostrando grande versatilidade, mas impedindo que possamos desfrutar mais de um som específico. Marjorie se entrega ao amor desesperado em faixas como "Por Inteiro", primeiro single do disco, "E Agora" e "Me Leva". Também aposta em um romantismo fofo em "Ele" e "Alegria Maior Não Tem", um forrozinho que nos convida a dançar. Canta em espanhol em "Donde Estás" e em inglês em "Driving Seat" e divide os vocais com Gilberto Gil em "Luz do Sol" e com Mart'nália em "A Não Ser o Perdão", além de apostar em uma versão do sucesso de Carmen Miranda, "Ta-Hi", de Joubert de Carvalho . Tanta diversidade não chega a comprometer a personalidade do álbum, mostrando uma Marjorie multifacetada, talentosa e que domina vários estilos. "Oito" consequiu colocar Marjorie dentro do universo da música adulta e apresentou uma compositora bem acima da média e uma cantora com inegável talento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-57454885195983382022015-03-23T17:11:00.001-07:002015-03-24T13:57:39.193-07:00Resenha de Filme: "Mommy" é Mais Um Acerto de Xavier Dolan.<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIzDeEX94GqipVAriUDfL3HKJdoLhXbJhT89H_AfyLtwv9a55zh1JDHLXx3oCZjrSXHnWjdPzNDz7cenbSJ59jJsvsIJNj-IQdPCdtMj2k-XOBmtWTldgVYsFQM1TYanO-ywf14fsbaSzO/s1600/mommy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIzDeEX94GqipVAriUDfL3HKJdoLhXbJhT89H_AfyLtwv9a55zh1JDHLXx3oCZjrSXHnWjdPzNDz7cenbSJ59jJsvsIJNj-IQdPCdtMj2k-XOBmtWTldgVYsFQM1TYanO-ywf14fsbaSzO/s1600/mommy.jpg" height="320" width="220" /></a><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Considero Xavier Dolan um prodígio. Mesmo com sua pouca idade, seus filmes são muito acima da média. "Eu Matei Minha Mãe", "Amores Imaginários", "Laurence Anyways" e "Tom à la Ferme" figuram na minha lista de obras inesquecíveis, já que seu trabalho pode ser tudo, menos efêmero. Seu último trabalho, "Mommy", não foge à regra. O filme é pautado em seus personagens, com personalidades fortes e muito bem trabalhadas. Em um Canadá ficcional, a lei permite que pais internem facilmente seus filhos em instituições públicas, caso esses causem problemas. Steve (Antoine-Olivier Pilon), jovem hiperativo, é expulso de uma dessas instituições por provocar um incêndio, e assim, fica aos cuidados de sua mãe, Diane "Die" Després (Anne Dorval), tão desnorteada quanto o filho. A relação conturbada dos dois é marcada por altos e baixos. Ao mesmo tempo em que sentem carinho um pelo outro, o humor inconstante de Steve causa grandes problemas, tornando-o até violento. Um certo equilíbrio é encontrado com a ajuda da vizinha Kyla (Suzanne Clément), que dedica um tempo enorme de seus dias para ajudar os dois e claramente possui problemas emocionais, aparentes em sua dificuldade em articular as palavras. Dolan foi responsável pela direção, roteiro, produção, edição e figurino de "Mommy", e consegue realizar seu trabalho mais maduro e consistente. O filme foi merecidamente ganhador do Prêmio do Júri em Cannes</span> <span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">e conta, além de uma enorme criatividade visual e uma trilha sonora certeira, com excelentes interpretações que desabrocham no momento certo. Impactante, mas belíssimo, "Mommy" merece todos os elogios possíveis. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-32250354162306629112015-03-12T19:48:00.000-07:002015-03-13T12:13:23.410-07:00Resenha de Filme: Mesmo Depois de Décadas, "As Vinhas da Ira" Ainda Permanece Atual.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYjH3W8BFthEyZNysjNIASagzBq8UXyBEJljta-s_RPo7fST0hUvHYu3K4-_n-3D5oxPrIK1LzjI2yzlUCSSGgXS5pFxEHEnnhSzK-OPVhPAPK-JNPs1w69sX6rsmTphLGHRkY2phw_imQ/s1600/vinhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYjH3W8BFthEyZNysjNIASagzBq8UXyBEJljta-s_RPo7fST0hUvHYu3K4-_n-3D5oxPrIK1LzjI2yzlUCSSGgXS5pFxEHEnnhSzK-OPVhPAPK-JNPs1w69sX6rsmTphLGHRkY2phw_imQ/s1600/vinhas.jpg" height="320" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Alguns filmes lançados décadas atrás podem, nos dias de hoje, soar bastante atuais. Esse é o caso de As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath, 1940). Dirigido por Jonh Ford e baseado no livro homônimo de John Steinbeck, narra a história de uma família de pequenos agricultores, arrendatários expulsos de suas terras em Oklahoma durante a depressão, que atravessam o país rumo à Califórnia, em busca de melhores condições de vida. Além de uma viagem difícil, acabam descobrindo que o tão sonhado trabalho era mais utópico do que real. Mais detalhadamente, o filme começa com Tom Joad (o grande Henry Fonda), que após quatro ano preso por homicídio, retorna à casa dos pais e descobre que eles, além de perderem a terra, estão prestes a se mudarem para a Califórnia. Assim, toda a família parte em um caminhãozinho velho levando o pouco que possuem. Pessoas honestas em busca de melhores condições de vida é uma realidade que atravessa décadas e décadas. São trabalhadores que buscam o seu sustento e acabam oferecendo sua força de trabalho a troco de pouco ou quase nada. Muitos enriquecem durante os períodos de crise, e é evidenciado durante todo o filme a exploração da mão de obra barata. Realizado em sete semanas, o filme possui um roteiro impecavelmente adaptado e os acontecimentos são vividos com grande intensidade, mérito de um elenco que reúne, além de Henry Fonda, Jane Darwell, Jonh Carradine e Charley Grapewin. As frases finais de Tom Joad se tornaram antológicas. Concorrendo ao Oscar em 1941, venceu nas categorias de Melhor Diretor (John Ford) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jane Darwell) e concorreu a Melhor Ator (Henry Fonda), Melhor Montagem, Melhor Filme, Melhor Som e Melhor Roteiro. </span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Com um belo e
perfeito retrato dos Estados Unidos na primeira metade do século
passado, As Vinhas da Ira é um clássico, uma obra que merece ser vista
númeras vezes. É um exemplo de que um filme não envelhece, ao contrário, alguns conseguem se manter sempre atuais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-36851634313003118852015-03-04T15:25:00.001-08:002015-03-04T15:26:33.672-08:00Resenha de Disco: Pitanga em Pé de Amora Cresce em Belíssimo Trabalho.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv_7awtPUp0wzrRPjzxYNLn8lkjFqNM1CtC02AQyN8rO21Y8kGILci9rJHlsdakr-K4fZbUTGSoDPZ5TeTnZfAc7HFKMcXCgXmj7DE_sxiZWvHuX5_mtWpdvFdcfqAn8wflFpcBj1jDoyS/s1600/Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv_7awtPUp0wzrRPjzxYNLn8lkjFqNM1CtC02AQyN8rO21Y8kGILci9rJHlsdakr-K4fZbUTGSoDPZ5TeTnZfAc7HFKMcXCgXmj7DE_sxiZWvHuX5_mtWpdvFdcfqAn8wflFpcBj1jDoyS/s1600/Capa.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Pitanga em Pé de Amora é, ao meu ver, uma das melhores bandas que incorpora a chamada Nova MPB. Seu último trabalho, lançado recentemente, "Pontes Para Si", produzido por Swami Jr., mostra um considerável crescimento musical, ou seja, o que era bom ficou ainda melhor. O coletivo formado por Angelo Ursini (saxofone, clarinete e flauta), Daniel Altman (violão 7 cordas), Diego Casas (violão), Flora Poppovic (percussão) e Gabriel Setubal (trompete e guitarra) apresenta um trabalho mais consistente, poético e mistura xote, samba, baião, jazz e até marchinhas, com coros e cordas sendo muito bem explorados. Os arranjos das músicas são extremamente delicados e faz com que a banda crie uma identidade própria dentro do cenário musical. Se no primeiro disco, que leva o nome da banda, predominava as canções de amor, leves e ingênuas, "Pontes Para Si" abraça tons mais urbanos e letras mais incorpadas, como em "Insônia", belíssima música presente no disco, que conta ao todo com 14 faixas. A grande Mônica Salmaso divide os vocais com Flora Poppovic na excelente "Ceará". Os integrantes se dividem em duetos, coros e interpretações individuais em músicas que são verdadeiros presentes aos ouvidos, como "O Pescador", "Alma de Poeta" e "Razão de Ser". Lançado de forma independente, "Pontes Para Si" conta com dowload gratuito no site da banda (<a href="http://www.pitangaempedeamora.com.br/">clique aqui</a>). O disco é fantástico e merece uma audição atenta. Pitanga em Pé de Amora cresce e tem seu talento mais que comprovado nesse belíssimo trabalho.<a href="http://www.pitangaempedeamora.com.br/"><br /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-52472593706272796622015-02-24T23:17:00.002-08:002015-02-24T23:17:54.645-08:00Resenha de Filme: Relatos Selvagens Apresenta Humor e Raiva Em Episódios Impecáveis.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAwd2usWJFYfDVw8AmeXYRoXPpCTo7Rdyjrs_4HhfbsW_IXdPcUg6aZavrMysFUmzbckbsppD93a9UaBiZzwxX09nRyE_Zek_MF7RpFpLHLIQ1lyYenZh7w8SdW3Er-kSUQM6p7_mlqXq5/s1600/relatos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAwd2usWJFYfDVw8AmeXYRoXPpCTo7Rdyjrs_4HhfbsW_IXdPcUg6aZavrMysFUmzbckbsppD93a9UaBiZzwxX09nRyE_Zek_MF7RpFpLHLIQ1lyYenZh7w8SdW3Er-kSUQM6p7_mlqXq5/s1600/relatos.jpg" height="320" width="218" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2015 foi pra Polônia, com "Ida", mas eu apostava em "Leviatã", da Rússia. Outro que não levou a estatueta foi o excelente "Relatos Selvagens", da Argentina, país que está cada vez mais apresentando filmes de alta qualidade. O filme, dirigido por Damián Szifron, apresenta 6 histórias diferentes que mesclam drama, vingança, violência e comédia. Porém, o humor é refinado e inteligente, ao contrário (infelizmente) das comédias brasileiras de humor rasteiro que, atualmente, ainda conseguem levar um público significativo ao cinema. O primeiro episódio é o mais curto de todos e se passa dentro de um avião. Não dá para falar muito, pois corre-se o risco de estragar o final. O próximo se passa dentro de uma lanchonete de beira de estrada, onde uma garçonete tem a chance de se vingar do homem que acabou com sua família e, para isso, conta com a "pequena" ajuda da cozinheira do estabelecimento. Temos ainda um episódio que mostra um desentendimento em uma estrada chegar a consequências inesperadas, sendo talvez, o mais violento, e um onde o pai rico tenta livrar o filho de ser preso após o mesmo atropelar uma mulher grávida. O astro Ricardo Darín protagoniza a história de um cidadão comum que tem seu carro rebocado, o que lhe causa vários transtornos e o leva a um grande ato de violência. Relatos Selvagens tem como mérito apresentar várias histórias igualmente interessantes, o que é incomum em filmes desse tipo, que geralmente apresenta alguns momentos mais fracos. O filme se mantém coeso durante todo o tempo e deixa por último um episódio que se passa em um casamento, onde uma noiva enfurecida (belíssima atuação de Erica Rivas) resolve se vingar do esposo infiel, sendo o mais marcante de todos. A personagem de Erica Rivas poderia facilmente sair de um dos filmes de Pedro Almodóvar que, aliás, é creditado como um dos produtores do filme, que conta ainda com a atuação de Dario Grandinetti, Diego Gentille e Oscar Martínez. O filme pode não ter levado o Oscar, mas teve reconhecida a sua grandiosidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-27713508379738761432015-02-04T13:42:00.001-08:002015-02-04T13:43:31.571-08:00Resenha de Filme: Leviatã, de Andrey Zvyagintsev, Tem a Corrupção Como Um Monstro a Ser Enfrentado.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcbDUCdkNsS6G9AvQZ7daWwwHnkJmoH6odqgALYGcTfbfb_t4RnyBMhnHLf3itKUQ8LdhcJg8bFcn7dMO7dg39Vu8zpIfwGV4CJfik0ojZA7L-8XngimIr6f4_7XMoG1Lfh5eu7tcXA-Ry/s1600/leviat%C3%A3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcbDUCdkNsS6G9AvQZ7daWwwHnkJmoH6odqgALYGcTfbfb_t4RnyBMhnHLf3itKUQ8LdhcJg8bFcn7dMO7dg39Vu8zpIfwGV4CJfik0ojZA7L-8XngimIr6f4_7XMoG1Lfh5eu7tcXA-Ry/s1600/leviat%C3%A3.jpg" height="320" width="241" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Foram grandes as expectativas em cima de "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", longa do diretor Daniel Ribeiro, para o Oscar 2015 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Infelizmente, não foi dessa vez. Embora o filme contasse com excelentes interpretações e um roteiro consistente, ficou de fora da lista dos selecionados. Volto ao Esfinge Cultural para falar um pouco sobre um dos indicados, "Leviatã", representante da Rússia, dirigido por Andrey Zvyagintsev, ganhador do prêmio de melhor roteiro do Festival de Cannes de 2014 e o grande favorito para a categoria do Oscar. O roteiro, aliás, foi assinado pelo próprio Zvyagintsev. O filme conta a história da briga na justiça (e fora dela), de Kolya (Serebryakov) com o prefeito corrupto Vadim (Madyanov), que deseja suas terras e, para isso, chega a fazer uso de meios nada pacíficos. Para preservar suas terras, Kolya conta com a ajuda do advogado e seu velho amigo Dmitri (Vladimir Vdovitchenkov). O filme consegue abordar uma série de assuntos polêmicos, como corrupção, adultério, decadência familiar e injustiças sociais, tendo a </span>Rússia de Vladimir Putin como cenário para narrar essa sátira política. No longa, o poder é maior que a justiça, apresentando um clima constante de tristeza, mentiras que são transformadas em verdades e decisões jurídicas que são lidas rapidamente, mostrando o quão viciadas estão. Se no início a resignação não faz parte dos adversários do prefeito Vadim, ao longo do filme acabam se entregando ao desespero frente ao "monstro" que enfrentam. Conta ainda com personagens interessantes, que são muito bem construídos e ajudam a dar equilíbrio à história. Ao mostrar um esqueleto de baleia que se encontra na propriedade de Kolya, <span style="font-size: small;">Zvyagintsev mostra que os monstros antigos já se foram, e o Leviatã a ser enfrentado agora já é outro. Com isso, uma passagem citada durante o filme, é bem pertinente: "</span>Você consegue pescar com anzol o Leviatã ou prender sua língua com uma corda?" Esperar vencê-lo é ilusão, apenas vê-lo já é assustador. Vale lembrar que Leviatã já ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro e é aposta (quase) certeira para o Oscar, na mesma categoria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-23895981990297748182014-01-12T14:36:00.001-08:002014-01-12T14:44:08.161-08:00Lorde e sua música madura e desafiadora. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg8ScgE0btLA_ZhR_aXU00oYqPy96oJwJK4FmmHyCMT4HszGX642sf-l4y82ojedVK4IYPwIcm5HcpQPDyzSRqCyFwFdO49YvU1iqXJO272uMDqrf0e_oZdCWnLmwyX4h7qn34y5HPHac/s1600/Lorde++PNG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg8ScgE0btLA_ZhR_aXU00oYqPy96oJwJK4FmmHyCMT4HszGX642sf-l4y82ojedVK4IYPwIcm5HcpQPDyzSRqCyFwFdO49YvU1iqXJO272uMDqrf0e_oZdCWnLmwyX4h7qn34y5HPHac/s1600/Lorde++PNG.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">É difícil acreditar, ao ouvir
Royals, que Lorde é a grande revelação de 2013 e que sua música de trabalho
tenha feito tanto sucesso no mundo pop. Não é o caso de falta de merecimento, longe
disso, mas é estranho que, nesse momento da Pop Music internacional, de discos
produzidos de forma cada vez mais intricada, uma canção tão simples e ao mesmo
tempo desafiadora conseguiu chegar aos topo das paradas. Tudo nela está fora do
que esperamos de um clássico pop atual se tomarmos Lady Gaga como referência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">E fica mais impressionante quando
descobrimos que Ella Yelich-O’Connor é uma neozelandesa de apenas 17 anos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Seu primeiro disco, Pure Heroine,
flerta com música eletrônica, hip-hop e faz um pop com pegada melancólica de
deixar Lana Del Rey no chinelo. Aliás,
para quem gosta de comparações, o som de Lorde soa, em alguns momentos, como o
de Lana, embora soe mais natural e menos planejado do que de sua predecessora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Mas o que intriga mesmo é o que
foi que o público de Lady Gaga, Katy Perry e outras viu em Lorde, já que sua
música segue por um caminho oposto ao delas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Outro mérito de Lorde é sua voz, profundamente
madura para uma garota de sua idade. Mas, se você ouviu Royals, sabe que falar
disso é chover no molhado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Há um termo em Minas Gerais que
encaixa-se perfeitamente na tentativa de definir Lorde: sustança. Há sustança
em sua música, sua voz, sua letra. Sobriedade
e segurança que só são possível em garotas e garotos que são mais velhos que
sua própria idade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Não ficarei surpreso se nos
próximos anos Lorde ser responsável por aquilo que de melhor o POP irá nos
oferecer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Ouça também: Ribs e Buzzcut Season. </span><o:p></o:p></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-61246236723995334602013-06-25T09:22:00.001-07:002013-06-25T09:22:17.385-07:00Resenha de Livro: Arte da Ressurreição oferece leitura deliciosa e descompromissada <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWExCUTAdLNZuD6E10KL08IvOG0olkFu0g6dhIgRYzxYNl2swQYOvyALKQzfZj4vWqzdQ44syKP2wWxT044oKQGubQ7V_sH1jpmew08MeCLkTnmiu3Kxoy0KjUf6JkCvKaMWo9TXX8HNg/s1600/foto-2013-04-29-14-59-15-882144364062696-Batecabeca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWExCUTAdLNZuD6E10KL08IvOG0olkFu0g6dhIgRYzxYNl2swQYOvyALKQzfZj4vWqzdQ44syKP2wWxT044oKQGubQ7V_sH1jpmew08MeCLkTnmiu3Kxoy0KjUf6JkCvKaMWo9TXX8HNg/s1600/foto-2013-04-29-14-59-15-882144364062696-Batecabeca.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
Isabel Allende, Gabriel Garcia Márquez, Roberto
Bolaño. A literatura latino-americana de língua espanhola é muito rica e tem,
em geral, um universo comum onde situações fantásticas se misturam a
acontecimentos cotidianos. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
Engrossando esse caldo está Hernán Rivera Letelier
que, conterrâneo de Allende e Bolaño, é considerado um dos melhores autores
chilenos em atividade. Seu romance A
Arte da Ressurreição levou para casa o prestigiado Prêmio Alfaguara, da
Espanha, publicado pela divisão do prêmio no Brasil pela Editora Objetiva em
2012.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
Na história, o autor (re)imagina a vida de um homem
real – o andarilho Domingo Zárate Vega – que durante as primeiras décadas do
Século XX percorreu o Chile afirmando ser o enviado de Deus, o sucessor de
Jesus Cristo, recebendo a alcunha de Cristo de Elqui, referindo-se ao vilarejo
onde nasceu. A narrativa começa quando o Cristo de Elqui parte rumo a um
pequeno vilarejo no meio do maior deserto do mundo, o Atacama, a fim de
encontrar Magalena Mercado, prostituta considerada santa e que, para ele,
Cristo de Elqui, poderia ser sua Maria Madalena. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
Ao retratar o período através de uma história real,
Letelier nos mostra um panorama da vida no deserto mais árido do mundo. Embora
não seja um tratado sobre o Chile, sua população e seus costumes, o livro
consegue divertir na maneira como a história se conta, principalmente pelo
humor não intencional do Messias atacamenho. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
Ao terminar a rápida leitura de A Arte da
Ressurreição – rápida pois o livro é pequeno – ficamos marcados com a deliciosa
sensação de que acabamos de relembrar a história de algum conhecido, que viveu
muito próximo de nós: quem não conhece alguém que consideramos um tanto louco,
mas que no fundo gostamos? Terminamos o livro guardando um carinho enorme pelo
Cristo de Elqui, pouco importante se era louco ou, realmente, o Messias. E isso
graças ao humor despretensioso e a maneira delicada como Letelier constrói seu
personagem.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
Não tem o peso de Cem Anos de Solidão e nem gostaria
de ser. A Arte da Ressurreição é um livro despretensioso e essa é sua grande
virtude.</div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-11808867825643955592013-04-18T09:27:00.001-07:002013-04-18T09:31:05.773-07:00Divulgada a lista de selecionados para Cannes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgywKB4UjNDRqbbf1vTEUa9UIhtAfztwkYI6KDDeNOhjuODTGalEtEoK6tQk83yfmUOnC6VNuEC7XbWBoKY8u3xkMOGdl7FYqrSAJ5QRD3oFrLXFPbS8s0kbY2168RaSqxVkP-AAPT671g/s1600/cartaz-da-66-edicao-do-festival-de-cannes-mostra-beijo-de-paul-newman-e-joanne-woodward-1366131289121_300x420.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgywKB4UjNDRqbbf1vTEUa9UIhtAfztwkYI6KDDeNOhjuODTGalEtEoK6tQk83yfmUOnC6VNuEC7XbWBoKY8u3xkMOGdl7FYqrSAJ5QRD3oFrLXFPbS8s0kbY2168RaSqxVkP-AAPT671g/s1600/cartaz-da-66-edicao-do-festival-de-cannes-mostra-beijo-de-paul-newman-e-joanne-woodward-1366131289121_300x420.jpg" height="400" width="285" /></a></div>
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A curadoria de Cannes divulgou hoje os selecionados para a edição do festivel desse ano. Confira abaixo:</span><br />
<span style="background-color: white;"><br />
<br />
</span><br />
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><strong style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Filmes da mostra competitiva</strong><br />"Only God Forgives", de Nicolas Winding Refn<br />"Borgman", de Alex Van Warmerdan<br />"Behind the Candelabra", de Steven Soderbergh<br />"La Grande Bellezza", de Paolo Sorrentino<br />"Jeune et Jolie", de François Ozon<br />"Nebraska", de Alexander Payne<br />"La Venus a la Fourrure", de Roman Polanski<br />"Soshite Chichi ni Naru", de Kore-Eda Hirokazu<br />"La Vie D'Adele", de Abdellatif Kechiche<br />"Wara No Tate", de Takashi Miike<br />"Le Passe", de Asghar Farhadi<br />"The Immigrant", de James Gray<br />"Grisgris", de Mahamat-Saleh Haroun<br />"Tian Zhu Ding", de Jia Zhangke<br />"Inside Llewyn Davis", de Ethan Coen, Joel Coen<br />"Michael Kohlhaas", de Arnaud Despallieres<br />"Jimmy P.", de Arnaud Desplechin<br />"Heli", de Amat Escalante<br />"Un Chateau en Italie", de Valeria Bruni-Tedeschi</span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><strong style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Seleção Un Certain Regard</strong><br />"Omar", de Hany Abu-Assad<br />"Death March", de Adolfo Alix Jr.<br />"Fruitvale Station", de Ryan Coogler<br />"Les Salauds", de Claire Denis<br />"Norte, Hangganan NG Kasaysayan", de Lav Diaz<br />"As I Lay Dying", de James Franco<br />"Miele", de Valeria Golino<br />"L'inconnu du Lac", de Alain Guiraudie<br />"Bends", de Flora Lau<br />"L'Image Manquante", de Rithy Panh<br />"La Jaula de Oro", de Diego Quemada-Diez<br />"Anonymous", de Mohammad Rasoulof<br />"Sarah Préferè La Course", de Chloé Robichaud<br />"Grand Central", de Rebecca Zlotowski</span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGqLW__bb3PokToZYJbVZJLyw72C7HywYdPTlbmsKiXSwot1MRD_IU8TPYGtNrZeLXjyhUZFXb1z-gLe93Zf_7lQ6clnm0evYUCxbfv3j484XkcwOLgWWwxcjaruCpSdgTAVOPoistMyw/s1600/THE-GREAT-GATSBY-Poster2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="background-color: white;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGqLW__bb3PokToZYJbVZJLyw72C7HywYdPTlbmsKiXSwot1MRD_IU8TPYGtNrZeLXjyhUZFXb1z-gLe93Zf_7lQ6clnm0evYUCxbfv3j484XkcwOLgWWwxcjaruCpSdgTAVOPoistMyw/s1600/THE-GREAT-GATSBY-Poster2.jpg" height="400" width="266" /></span></a><span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><strong style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Séance de minuit</strong><br />"Monsoon Shootout", d Amit Kumar<br />"Blind Detective", de Jeohnnie To</span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><strong style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Homenagem a Jerry Lewis</strong><br />"Max Rose", de Daniel Noah</span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><strong style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sessão especial</strong><br />"Muhammad Ali's Greatest Flight", de Stephen Frears<br />"Stop Top The Pounding Heart", de Roberto Minervini<br />"Week End of a Champion", de Roman Polanski<br />"Seduced and Abandoned", de James Toback<br />"Otdat Konci", de Taisia Igumentseva</span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="background-color: white;">O filme de abertura</b></span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Já tinha sido divulgado The Great Gatsby, versão do diretor Baz Luhrmann (Australia, Moulin Rouge) para o livro homônimo de F. Scott Fitzgerald. No elenco estão Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire. Não é a primeira vez que o clássico da literatura norte-americana é transportada para os cinemas, mas dessa vez a história será apresentada em 3D. Luhrmann é um diretor conhecido por acertar ou errar em demasia em suas produções. </span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="background-color: white;">Participação Brasileira </b></span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Esse ano o Brasil participará do festival com dois curtas-metragens no evento paralelo "Court Métrage - Short Film Corner", são eles: O Florista e Algumas Mortes.</span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="background-color: white;">Mestra de Cerimônia e Presidente do Júri</b></span></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A atriz francesa Audrey Tautou -- a eterna Amelie Poulain -- será a mestra das cerimônias de abertura e de encerramento, onde será entregue os prêmios aos agraciados pelo júri, que esse ano será presidido por Steven Spielberg. </span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-42636546099840966192013-04-17T15:50:00.000-07:002013-04-17T15:50:56.649-07:00Especial Festival de Cannes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4qwad27s1YIMvqUm6DxGuZA_02Qll2vXxb9wfyQSHrvYS2xbXlsl9-EWZXbJ1HOV4llzaSolw7P9N_yXUih9pqOajjOtMVw0R7SJaZRtieizSIa-s9OMPXzwK9MbOzhavtkdMOCGhqcw/s1600/5-photos-festival-de-cannes-Festival-de-Cannes-2009-Affiche-de-la-palme-d-or-Cannes_articlephoto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4qwad27s1YIMvqUm6DxGuZA_02Qll2vXxb9wfyQSHrvYS2xbXlsl9-EWZXbJ1HOV4llzaSolw7P9N_yXUih9pqOajjOtMVw0R7SJaZRtieizSIa-s9OMPXzwK9MbOzhavtkdMOCGhqcw/s1600/5-photos-festival-de-cannes-Festival-de-Cannes-2009-Affiche-de-la-palme-d-or-Cannes_articlephoto.jpg" height="231" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O Festival de Cinema mais aguardado do mundo está prestes a começar! E é claro que o Esfinge Cultural não vai ficar de fora. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Não, leitores, não teremos um repórter na França para cobrir o festival, mas a partir de amanhã vamos começar a postar uma série de textos sobre o festival de cinema mais midiático e glamouroso do planeta. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Começaremos com a lista oficial dos filmes selecionados, que a curadoria do festival apresenta amanhã. Na semana seguinte, falaremos um pouco sobre a participação do Brasil no festival e, depois disso, bem, é surpresa. Até amanhã! </span><br />
<br />Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-68807912631297054412013-04-10T05:01:00.001-07:002013-04-10T05:01:35.728-07:00Resenha de disco: The Emancipation of Mimi, o melhor disco de Mariah Carey na década 00<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2qs4apkQIbAGuTuPbKw7oXOGycN7usQXIHMBwd67rplqoVDE8b5sBSgy0p3u6WupZWkuaLVEuzCHJr_BboDU-5oan8ozA2C28dTEHr0SGv-k0btb1o8o46_-6g7tSX1VVOigy5lkE9L4/s1600/foto_mariah_carey.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2qs4apkQIbAGuTuPbKw7oXOGycN7usQXIHMBwd67rplqoVDE8b5sBSgy0p3u6WupZWkuaLVEuzCHJr_BboDU-5oan8ozA2C28dTEHr0SGv-k0btb1o8o46_-6g7tSX1VVOigy5lkE9L4/s1600/foto_mariah_carey.jpg" height="320" width="320" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aposto uma pequena fortuna (que eu não tenho,
aliás) que alguns leitores do Esfinge estão coçando suas cabeças e pensando:
“Sério mesmo que ele vai falar bem de um disco de... Mariah Carey?” Ora
leitores, why not?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Só existem duas explicações plausíveis para MC ser
amada e odiada em igual medida desde os anos 90 e continuar no showbizz há mais
de duas décadas: ou ela é uma grande marqueteira, ou algum talento ela tem,
mesmo que hoje ele não seja tão vigoroso quanto fora antes. Eu prefiro
acreditar na segunda opção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quem prestar atenção na voz de Mariah em suas
primeiras gravações ouvirá algo que dificilmente se encontrará em outra
cantora: vozeirão daquele, poucas tiveram. Além é claro, de um talento para
levar para uma massa branca uma música genuinamente negra, lembrando que
estamos no contexto norte-americano, e lá a segregação racial é bem mais
latente e evidente do que em nosso país. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Infelizmente, Mariah não escapou ao passar do
tempo: sua voz já não é a mesma, o gosto do público também não e a cantora teve que
ceder à cartilha da mulher-objeto, de canções insinuantes, que obviamente não combinam
com seu perfil físico. Lembro-me de ouvir ou ler em algum lugar alguém dizendo
que ela não precisa mostrar tanto o corpo, ela tem voz, e com aquela voz, já
era suficiente. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um dos fatores que (talvez) diminuíram sua credibilidade foi
sua excessiva "sexualização", mas também a perda de capacidade vocal. Nesse cenário –
que inclui uma série de discos fracos e desinteressantes –, Mariah acabou surpreendendo em 2005 com um The
Emancipation of Mimi, um álbum que não fugia à regra da mulher-gostosa, mas que
trazia algum frescor para esse contexto e que, pelo menos, não soava forçado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieac7ym4_Q_QelSZMXkohLPVYISKWNuBi-h_yv6aTrjXAVEkoWgWdWFQUtoUFQYO2XWhJ9lGlHF_GMXmMuNC3wIdzhFl4iKeljhJR9u0k-HGzpHtd9kKVUy539rib-Vv09xJaGyc2BTvY/s1600/MARIAH_CAREY_MTV.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieac7ym4_Q_QelSZMXkohLPVYISKWNuBi-h_yv6aTrjXAVEkoWgWdWFQUtoUFQYO2XWhJ9lGlHF_GMXmMuNC3wIdzhFl4iKeljhJR9u0k-HGzpHtd9kKVUy539rib-Vv09xJaGyc2BTvY/s1600/MARIAH_CAREY_MTV.jpg" height="320" width="320" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sua voz não está maravilhosa como já esteve, os
temas podem até ser repetidos, mas The Emancipation é gostoso de ouvir, soa
honesto e, digamos, menos vulgar (ou cafona). Carey se afasta levemente do
hip-hop, flerta com suas origens e faz gol. Stay the Night, One and Only e Joy
Ride foram feitas para ouvir no repeat. E até a “feita-pra-balada” It’s like That agrada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para aqueles que ainda rejeitam, odeiam e execram a
cantora, ouçam então o seu MTV Unplugged, que só peca em ser tão curtinho: na
gravação de 1992 sua voz está límpida e ela canta a plenos pulmões. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deem uma chance a Mariah, se não vale respeita-la
pelo que canta – e como canta – hoje, não dá pra negar o que (e como) ela já cantou.</span></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-55756724388693976812013-04-07T15:37:00.002-07:002013-04-07T15:37:24.248-07:00Cat Power confirma shows no Brasil <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIsOBYhlDRcAaVm8r2PaoMNDCumfNRPdUfM66g0HXK-h1vhS36JvwYqqo7dMnu31raW_jo1gQiV-e7UKAZF-GsDqVZR6MVX9jfib3EnmDETcVa_jt_G3W9n8Jj2kHvzapONadHqSvkrMU/s1600/new-image_wide-f5c0f566649d428f57e462d5665697e082236f61-s4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIsOBYhlDRcAaVm8r2PaoMNDCumfNRPdUfM66g0HXK-h1vhS36JvwYqqo7dMnu31raW_jo1gQiV-e7UKAZF-GsDqVZR6MVX9jfib3EnmDETcVa_jt_G3W9n8Jj2kHvzapONadHqSvkrMU/s1600/new-image_wide-f5c0f566649d428f57e462d5665697e082236f61-s4.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Segundo o blog musical Tenho Mais Discos que Amigos, a cantora Chan Marshall - mais conhecida como Cat Power, está fazendo as malas para vir ao Brasil: ela se apresenta em maio no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Recife.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A cantorna está divulgando mundialmente seu mais recente trabalho, Sun, no qual Marshall deixou de lado a sonoridade soul e investiou em um álbum mais rockeiro e com pitadas eletrônicas. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> De acordo com o blog, os shows acontecem dia 18, no Circo Voador (RJ), dia 19, no Catamaran (Recife) e no dia 21, no Cine Joia (SP). Os ingressos para as capitais paulista e fluminense começaram dia 04. </span>Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-36137683398894806222013-04-03T09:57:00.000-07:002013-04-03T09:59:01.057-07:00Resenha de filme: O Brilho de Isabelle Huppert em Copacabana<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh85v81d__MX1eKq-veBg6vwgGKH6-Dj9y8XMYpO23nEckaFfaaXVUQUZsulbjFYZ6NSsnzj1d-ey989-m1gj1A8wFBDX9WwbcsvzfuNaUasAzbVczmk-cxzjRvgGxBfJyI-2ykD0R4zVM/s1600/copacabana_2010_de-marc-fitoussi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh85v81d__MX1eKq-veBg6vwgGKH6-Dj9y8XMYpO23nEckaFfaaXVUQUZsulbjFYZ6NSsnzj1d-ey989-m1gj1A8wFBDX9WwbcsvzfuNaUasAzbVczmk-cxzjRvgGxBfJyI-2ykD0R4zVM/s1600/copacabana_2010_de-marc-fitoussi.jpg" height="400" width="330" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Copacabana,
filme francês do diretor Marc Fitoussi lançado em 2010, embora a princípio pareça um filme Cult menor, sobre uma mãe
desajustada que tenta se encaixar no mundo depois que recebe a notícia do
casamento de sua filha única, na verdade é um grande feito cinematográfico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Voltando
à sinopse, Copacabana gira em torno de Babou (Isabelle Huppert), uma mulher de
meia idade que vive deslocada do mundo, como um peixe fora d’água, sem
conseguir um emprego fixo e estabilidade financeira e emocional. Devido às convenções sociais, Babou é
desacreditada por todos a sua volta, que não entendem sua estilo de vida livre
e descompromissado. Mas as coisas mudam quando sua única filha decide se casar
– e cumprir com as exigências sociais estabelecidas – e decide não convida-la
para a cerimônia. Em busca de conquistar a credibilidade perante a filha e a família
de seu noivo, Babou parte para o norte da França para trabalhar como vendedora
e poder provar que, finalmente, "amadureceu".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Olhando
superficialmente, Copacabana trata de temas que já há muitos anos fazem parte
do universo do cinema de autor – relações familiares, conflitos gerados por
padrões sociais não atingidos, inadequação, entre outros. Porém, um olhar mais atento
permite enxergar como Fitoussi escapa de uma abordagem rasteira ao “apagar-se” e
colocar o filme nas mãos de Huppert.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quem
assiste ao filme percebe que não há mais nada nem ninguém ali além de Isabelle
Huppert: o diretor filma sua estrela, seu jogo de cena, suas nuances, tudo no
tempo da atriz e de sua personagem. Trilha sonora, coadjuvantes, diálogos, tudo,
absolutamente tudo é mero artifício para fazer Isabelle brilhar como Babou. E
ela consegue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E é
justamente o talento de Huppert que segura o filme: sua Babou é tão rica que em
momentos você a ama e em outros, a detesta. Isabelle soube como construir uma
personagem cativante e incômoda de tanto que ela se parece conosco. Quem
assiste Copacabana tem certeza de que Babou é real e que a conhece de algum
lugar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Enfim, é filme despretensioso que cativa, emociona, diverte e que a gente nunca
mais esquece.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em tempo: o filme chama-se Copacabana pois o grande sonho da vida de Babou é conhecer o Rio de Janeiro. Ela é apaixonada por nossa cultura. Devido a isso a grande maioria das músicas que compõem a trilha sonora do filme são brasileiras. </span></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-30870842248877651262013-04-02T04:57:00.002-07:002013-04-02T04:57:53.230-07:00Divulgado o cartaz de Cannes 2013<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi divulgado na semana passada o cartaz do festival de Cannes 2013. Na foto de 1963, Paul Newman beija sua esposa Joanne Woodward, durante as filmagens de Amor Daquele Jeito. Essa á uma singela homenagem do Festival para Newman, falecido em 2008. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-acXSa3hurGRRxsDGhAwpgf0FECrud0MNyFvrXT7W9oK3PQXQUasrRQ1QIymNCuiM0jf5TDIWji8TnXVDoziqv7Gx6Y5-OKPdECcU0-E13eiIo9rI4nhfVbkvrXCKSOgE9iAE5u4mN0/s1600/20511962.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-acXSa3hurGRRxsDGhAwpgf0FECrud0MNyFvrXT7W9oK3PQXQUasrRQ1QIymNCuiM0jf5TDIWji8TnXVDoziqv7Gx6Y5-OKPdECcU0-E13eiIo9rI4nhfVbkvrXCKSOgE9iAE5u4mN0/s1600/20511962.jpg" height="640" width="467" /></a></span></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-1521311179177610342013-03-27T16:10:00.002-07:002013-03-27T16:14:25.537-07:00Resenha de Filme: Doze Homens e Uma Sentença: Um clássico vigoroso e atual <br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilrG6BYZvY3yrWreM0E_sU43xnvXHrQ8BD6WZkYWt1MSIvM1O89qlsH3uGpn_6nNqtLVAhfAy49hqTZ79KVpPXUjDSe-sw9B5to1mSYVvbUBtECpX_UbHxHPMuh26mKx_upMjJKhMnz2M/s1600/1984.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilrG6BYZvY3yrWreM0E_sU43xnvXHrQ8BD6WZkYWt1MSIvM1O89qlsH3uGpn_6nNqtLVAhfAy49hqTZ79KVpPXUjDSe-sw9B5to1mSYVvbUBtECpX_UbHxHPMuh26mKx_upMjJKhMnz2M/s1600/1984.jpg" height="400" width="213" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Doze Homens e Uma Sentença, do diretor Sidney Lumet,
é um daqueles filmes que podem ser considerados clássicos. Mas, afinal, o que é
um clássico? Para o cinema, um clássico é aquele filme que de tão bom e
vigoroso permanece atual independente da época em que tenha sido feito. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Doze Homens foi lançado em 1957 e mostra a reunião
de 12 jurados que precisam decidir o futuro de um jovem que está sendo acusado
de matar o próprio pai. Passado inteiramente dentro de uma sala e focando
exclusivamente na deliberação dos 12 homens, a sinopse pode sugerir que
trata-se de mais um filme enfadonho. Ledo engano. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lumet aproveita-se das limitações da história e cria
um jogo de cena impressionante, que de nada valeria se não fosse seu enorme
talento de diretor, cercado por grandes atores em grandes interpretações. Cabe
ressaltar também o importante papel do roteiro na feitura deste filme: como não
havia espaço para criar cenas e imagens, o roteirista conseguiu desenvolver
diálogos que suprem essas faltas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aliás, Doze Homens não é apenas econômico em
cenários: tudo no filme leva ao minimalismo e nada está ali gratuitamente. O que
está lá, assim como o que não está; o que é dito, e também o que não é dito
(caso dos nomes dos jurados) têm um propósito. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas o grande mérito de 12 Homens e Uma Sentença é ser
mais instigante do que muitos filmes que utilizam de técnicas e tecnologias
feitas justamente para... instigar! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nesse jogo de cena tenso, Lumet cria uma história
cheia de reviravoltas e surpresas e acaba falando sobre temas tão presentes em
nosso cotidiano, como o preconceito. E tudo isso com 12 atores em uma sala. </span></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-28340260169838752132013-03-18T10:38:00.000-07:002013-03-18T10:38:54.988-07:00Resenha de Disco: Tudo Esclarecido, (mais) um disco irretocável de Zélia Duncan <br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF_txnuHhqnvchG0QGMQU8yTifFPGyKYeIeyjRxcMi0roJ3AmDhBZJqq2crM-04NJRGGytD1LmeTczk3DTUY0YsURe1Y9fHriOwkIsiNNK2IhoDkFhY7Qq3Ipb57u3qibJ-uGkh3r7LBE/s1600/zeliaduncantudoesclarecidocapaluvacd.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF_txnuHhqnvchG0QGMQU8yTifFPGyKYeIeyjRxcMi0roJ3AmDhBZJqq2crM-04NJRGGytD1LmeTczk3DTUY0YsURe1Y9fHriOwkIsiNNK2IhoDkFhY7Qq3Ipb57u3qibJ-uGkh3r7LBE/s320/zeliaduncantudoesclarecidocapaluvacd.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Zélia Duncan está naquela lista seleta de artistas
constantes, sem aqueles altos e baixos na carreira tão comuns (e aceitáveis).
Seus discos comungam entre si de uma qualidade inquestionável e invariável.
Além disso, Zélia é uma grande compositora e intérprete. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seu mais recente trabalho, Tudo Esclarecido,
lançado já no fechar de cortinas de 2012, corrobora o parágrafo acima: é um
disco coeso e mostra a capacidade de Zélia de debruçar-se sobre a obra de um
autor sem soar como uma simples regravação. O álbum é todo feito com canções de
Itamar Assumpção, compositor paulistano de grande importância no cenário
nacional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Itamar Assumpção é um dos grandes nomes da cena que
ficou conhecida como Vanguarda Paulista na década de 70-80, vanguarda que hoje
é referência para importantes nomes da Nova MPB (também paulista, em sua
maioria). A vanguarda da década de 70 lutou contra as grandes gravadoras, pela
dificuldade em se gravar e pela falta de liberdade criativa, levando esses
músicos a abrirem suas próprias empresas e lançando seus discos de forma
independente. Por causa disso, o maldito da MPB (como Assumpção era conhecido)
foi taxado de difícil pela crítica e mídia. Tanto que é dele a célebre frase
“Eu sou um artista popular!”, ao ser perguntado sobre o assunto. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar disso, seu legado e importância nunca foram
esquecidos e Itamar foi gravado por grandes nomes, como Cássia Eller, Jane
Duboc, Ney Matogrosso, Zizi Possi e, claro, Zélia. Aliás, não é de hoje que
Duncan tem uma relação com o catálogo de Assumpção: ela já interpretara Código
de Acesso, Vi, Não Vivi, entre outras. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Talvez por essa proximidade com a obra de Itamar Tudo
Esclarecido seja um disco de intérprete sem parecer de intérprete: Zélia
entende todo o conjunto e se coloca à disposição dele de forma tão bela a ponto
de parecer que, na verdade, as canções são de sua autoria. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Destaque para Mal Menor, Tua Boca e Quem Mandou,
prova de que Itamar não é nem de longe um artista difícil e que Zélia é
completa. Além disso, é ótima a parceria (tão improvável) entre Martinho da
Vila e Zélia em É de Estarrecer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Em um país
conhecido pela força de cantoras intérpretes, Zélia - a compositora - mostra que também faz jus à essa regra nacional. </span></div>
Rafael Tavareshttp://www.blogger.com/profile/06650832749737194108noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-66880853020165788462013-03-13T09:33:00.001-07:002013-03-13T09:51:01.774-07:00Resenha de Série: Acabou-se o Que Era Doce: Duas Séries Que Mereciam Estar No Ar.<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhiYnS15D_OqSodPtbwVKkF5NiRMGi8ih-AZjT60kTMnH6ywxfkgx29OKi3vWl33CFtH-fLmdms9Xizn580WvJL_WbuD0SaT4xlUJNNK8IJX2x1FNn4KyesbncE3GE-C0RPV1sC9YbSn-p/s1600/pushing_daisies.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhiYnS15D_OqSodPtbwVKkF5NiRMGi8ih-AZjT60kTMnH6ywxfkgx29OKi3vWl33CFtH-fLmdms9Xizn580WvJL_WbuD0SaT4xlUJNNK8IJX2x1FNn4KyesbncE3GE-C0RPV1sC9YbSn-p/s400/pushing_daisies.jpg" width="270" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto escrevia sobre as séries britânicas para o
blog, lembrei-me de duas outras que tiveram uma passagem breve pela TV
americana, mas que deveriam estar no ar.
Ambas foram vítimas da guilhotina cruel da TV americana: enquanto aqui
readapta-se, modifica-se e remodela-se os programas de TV para agradar a
audiência, as emissoras americanas tiram do ar tão logo percebe-se que não
houve resposta dos telespectadores. Nesse jogo muitas coisas boas se perdem e outras
piores são mantidas, mas é assim que funciona. As duas séries de hoje, Pushing
Daises e United States of Tara, tiveram vida curta na TV e, apesar disso,
marcaram o meio após suas passagens. Pushing Daises, criada por Brian Fuller, foi ao ar
na TV americana entre outubro de 2007 e junho de 2009 e contou a história de
Ned, um confeiteiro que tinha a estranha habilidade de trazer mortos de volta à
vida (e também de volta à morte) com um toque, porém durante apenas um minuto.
Caso não levasse a pessoa ressuscitada de volta à morte novamente, outra próxima
morreria em seu lugar. Ned, então, utiliza esse artifício para fazer reviver
seu grande amor, mas fica impossibilitado de toca-la para sempre, sendo esse o
mote romântico do seriado. Além dele,
com seu dom, Ned passa a desvendar mistérios, assassinatos, tanto que a série
foi vendida como um “conto de fadas forense”. O grande diferencial de Pushing Daises era unir o
universo mórbido de Tim Burton com o lúdico de Amelie Poulain, mais parecendo
um filme do que um simples seriado para a TV. Cada episódio era um encanto
visual, rico em símbolos, sem esquecer-se do básico: ótimas interpretações para
um ótimo texto. Com duas
temporadas de vida, Pushing Daises teve grande êxito na primeira, mas seu público
não continuou na segunda. Apesar disso, devido a boa recepção da crítica e dos
poucos fãs que permaneceram, a série virou uma HQ e há planos para que vire um
filme. United States of Tara foi ao ar pelo canal pago
Showtime e mostrava a vida de uma família de classe média americana
disfuncional (como normalmente toda família é), sendo regida por uma mãe
amorosa e suas outras personalidades. Tara, a personagem título, lindamente
interpetada por Toni Colette, sofria de Transtorno Dissociativo de Identidade
(TDI), mais conhecido como Transtorno de Múltipla Personalidade. Criada por Diablo Cody (roteirista do ótimo Juno e
do péssimo Garota Infernal), United States durou 3 temporadas e é um grande
exemplo de como comédia e drama se encontram e podem funcionar juntos. Isso é
resultado de um texto inteligente, que preza pelo “menos é mais” e de um grupo
de atores – encabeçados por Colette – que entenderam perfeitamente o programa e
deram o melhor de seus talentos para transmitirem a verdade de seus
personagens. E conseguiram. United é um palco para Toni Colette mostrar, em
exemplos, o que faz dela uma das melhores atrizes de sua geração (pena que
Hollywood ainda não se deu conta disso). A regra é clara e o jogo é justo: a TV vive de
publicidade e a publicidade precisa de audiência para poder anunciar na TV.
Então, se não deu audiência, não há razão para manter um programa no ar. United
States of Tara e Pushing Daises foram vítimas da regra. A nossa sorte é que os
DVDs estão aí para nos mostrar que nem tudo está perdido. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;">
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resenha escrita por Rafael Tavares. </span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-74887698932461250802013-02-25T09:21:00.001-08:002013-02-25T09:28:11.213-08:00Resenha de Filme: Documentário "Olhar Estrangeiro" Propõe Discussão Sobre a Identidade do Brasil.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi2293g6d5a67IAxdoufhbSQSvnpRK4SyxfFGg8QC6wdhlZDGGIu1mOG-5M7Sm1TsOPe-8CDP48m5ILQ4YG50SXLHtllNl9-NfnlJDNz6P1FvTseSEtlb1NEVDLpU1R69kZ8dPYvUNFT_V/s1600/olhar-estrangeiro-original.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi2293g6d5a67IAxdoufhbSQSvnpRK4SyxfFGg8QC6wdhlZDGGIu1mOG-5M7Sm1TsOPe-8CDP48m5ILQ4YG50SXLHtllNl9-NfnlJDNz6P1FvTseSEtlb1NEVDLpU1R69kZ8dPYvUNFT_V/s320/olhar-estrangeiro-original.jpg" width="225" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O que é um clichê? Melhor, quem o cria: a pessoa que é o alvo dele, ou quem difunde? Tratando-se de um país, quem é o responsável, o próprio país, que oferece somente a visão clichê de si mesmo ou os outros países, que insistem em imagina-lo daquela maneira? A documentarista <span style="color: orange;">Lucia Murat</span> propõe essa discussão em seu documentário de 2006, "<span style="color: orange;">Olhar Estrangeiro</span>", em que coloca atores, diretores e produtores de cinema de todo o mundo para refletir sobre suas escolhas criativas ao retratar o Brasil. Os filmes aos quais "<span style="color: #444444;">Olhar Estrangeiro</span>" faz referência criam um Brasil do topless, de macacos como animais de estimação e muitas incongruências na representação de nossa cultura. Nesse contexto, Murat cria um jogo em que procura identificar os motivos que levaram os profissionais do cinema a construir esse <span style="color: orange;">Brasil</span> clicheresco e fora da realidade enquanto intercala com depoimentos de populares, o público estrangeiro, e a visão que ele tem sobre nosso país. Nesse jogo, a diretora ora se coloca como documentarista, ora como brasileira ofendida e ao invés de encontrar respostas, propõe ainda mais perguntas. Somos nós os responsáveis por essa visão “<span style="color: orange;">samba</span>, carnaval, futebol e mulher pelada” que impera no mundo? Ou a manutenção desses clichês diz mais sobre os estrangeiros do que sobre nós. Seria essa manutenção uma ignorância voluntária deles ou uma falta de vontade de mudar isso de nossa parte? E, mais importante, isso é bom ou ruim? Pode ser bom, se pensarmos que todos são vítimas dos clichês e que eles, de alguma forma, dão uma identificação singular aos países em um mundo globalizado e de fronteiras cada vez mais turvas. Por outro, é ruim, somos minimizados a meia dúzia de características que nem sempre condizem com a realidade. Além disso, a internet e a globalização crescente podem fazer com que esses clichês errados sejam desmistificados. "Olhar Estrangeiro" é portanto um bom exercício de autoanálise, para avaliarmos até que ponto contribuímos para essa visão equivocada ou se elas são pura e simplesmente fruto da ignorância estrangeira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Resenha escrita por Rafael Tavares. </span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-27230193381801294492013-02-18T08:57:00.001-08:002013-02-18T08:57:32.964-08:00Resenha de Disco: A Suave Contemplação de "O Tempo Faz a Gente Ter Esses Encantos".<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdYNH2gboo1ROu142Jq3Op2B_bZ5Eh26VoqWB8Qq4grSwvlG_FQ_eSkRlRjLE0p9VAhaqsWm0uZ1LjgNFBm2DBE9BbkybXI9thgTtXzawK8q892gIBmPLnIAdz2OqeXT7wV_ryYxE16AI/s1600/alvinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdYNH2gboo1ROu142Jq3Op2B_bZ5Eh26VoqWB8Qq4grSwvlG_FQ_eSkRlRjLE0p9VAhaqsWm0uZ1LjgNFBm2DBE9BbkybXI9thgTtXzawK8q892gIBmPLnIAdz2OqeXT7wV_ryYxE16AI/s320/alvinho.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Não sei explicar bem os motivos, mas ao ouvir "<span style="color: orange;">O Tempo faz a Gente Ter Esses Encantos</span>", disco de <span style="color: orange;">Alvinho Lancelotti</span> que recentemente foi disponibilizado gratuitamente na internet, lembrei-me de <span style="color: orange;">Dorival Caymmi</span>, de alguma forma as composições de Alvinho lembraram-me as suaves canções de Caymmi, com aquele clima de contemplação típico dos que não têm pressa. Aliás, não ter pressa é um requesito básico para poder apreciar o disco: ainda que curto, "O Tempo Faz a Gente Ter Esses Encantos" exige ouvidos atentos, dispostos a aproveitar o ócio criativo de se ouvir uma boa música, seja para relaxar, alimentar a alma ou ambos. Por esse motivo o título do disco é tão pertinente, só o tempo, nesse caso o tempo livre, distante das obrigações diárias e das regras de segunda a sexta, pode nos permitir a perfeita compreensão e absorção desse disco. Ou, nas palavras do próprio Lancelotti, só o tempo faz a gente ter esses encantos. E é nesse ponto que vejo Caymmi na obra de Lancelotti: naquele clima de fim de tarde sem fim olhando o pôr do sol ao som das ondas quebrando no mar. Como Caymmi, Alvinho Lancelotti soube parar o tempo para admirar o que muitas vezes passa por trivial: a chuva, os rituais religiosos, as festas são temas recorrentes nas músicas de Alvinho. Ouça "<span style="color: orange;">Sexta-feira</span>", "Gira de Caboclo" e "São Tomé" e comprove. Com o currículo que tem (e com seu histórico familiar), era de se esperar de Alvinho Lancelotti um disco soberbo (e simples) como esse: filho de Ivor Lancelotti, compositor responsável por grandes músicas regravadas à exaustão, por nomes de peso como Clara Nunes, Roberto Carlos, Nana Caymmi, entre outros, e irmão de Domenico Lancelotti, que tem o nome na ficha técnica dos projetos mais legais feitos no Brasil hoje, como a Orquestra Imperial (e que participa em algumas faixas de "O Tempo"). Sem deixar de citar, é claro, que Alvinho Lancelotti é fundador do “<span style="color: orange;">Fino Coletivo</span>”, grupo que deu um gás na música brasileira e que, ao lado de outros importantes nomes, são chamados de “<span style="color: orange;">Nova MPB</span>”, devido a (já adquirida) relevância histórica de suas músicas para o cenário cultural nacional. "O Tempo faz a Gente Ter Esses Encantos" é um delicioso disco de MPB, regado a samba e tradições afro-brasileiras, perfeito para quem não se importa em perder uma tarde vendo a hora passar, ouvindo uma canção sobre o mar ou o pôr do sol. Trivialidades? Talvez, mas ainda assim encantadoras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Resenha escrita por Rafael Tavares.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5160695192725068958.post-82460904977799899282013-02-06T15:53:00.000-08:002013-02-06T16:06:35.652-08:00Resenha de Filme: Em "Anna Karenina", Joe Wright Mistura Cinema, Literatura e Teatro.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijGvVZyuBGvQF70BQxei7haAqgIXusGnO18iXwxDOcawGQv2bObxKsFMCIcVw06BhGcq9ye5ukg_shxy4mTUYY7nV3eGhVBqR2Dol6J_Oyc6ybG9QbiHFafr89J5VBpc0oIMi1Ht4T9rQa/s1600/karenina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijGvVZyuBGvQF70BQxei7haAqgIXusGnO18iXwxDOcawGQv2bObxKsFMCIcVw06BhGcq9ye5ukg_shxy4mTUYY7nV3eGhVBqR2Dol6J_Oyc6ybG9QbiHFafr89J5VBpc0oIMi1Ht4T9rQa/s320/karenina.jpg" width="213" /></a></div>
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<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi Joe Wright o competente diretor encarregado de levar para as telonas "<span style="color: orange;">Anna Karenina</span>", obra-prima de <span style="color: orange;">Tolstoi</span>. A obra narra a vida amorosa conturbada de Anna Karenina </span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">(<span style="color: orange;">Keira Knightley</span>)</span>, aristocrata do império russo, casada com Karenin (Jude Law), poderoso ministro com quem possui um filho. Ao visitar o irmão que cometeu adultério para tentar ajudar a salvar seu casamento, Anna conhece o Conde Vronsky (Aaron Johnson), por quem desde o início passa a sentir grande atração e logo tornam-se amantes. Completamente apaixonada, Anna abdica de seu casamento e posição social, enfrentando a aristocracia da época, extremamente conservadora, que a julgava impiedosamente. O grande triunfo do filme é o modo como a história é conduzida, apresentada como uma peça de teatro. Cenários são desmontados e construídos rapidamente por ajudantes de palco e ações do cotidiano são realizadas através de brilhantes coreografias. Por vezes, cenas e personagens são congelados para entendermos com clareza a importância dos acontecimentos, contando o filme com uma excelente equipe de montagem, direção e edição, além de surpreendente fotografia nas delicadas cenas externas. O elenco mostra grande entrosamento e a atuação de Jude Law é primorosa e Keira Knightley já é bastante conhecida por atuar em "filmes de época". O filme foi indicado ao <span style="color: orange;">Oscar 2013</span> nas categorias "Melhor Figurino", (que é um espetáculo à parte), "Melhor Fotografia", "Melhor Direção de Arte" e "Melhor Trilha Sonora Original". Misturando brilhantemente teatro, literatura e cinema, Joe Wright nos entrega uma grande obra.</span></div>
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<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Resenha escrita por André Ciribeli.</span></div>
André Ciribelihttp://www.blogger.com/profile/09514594252634443449noreply@blogger.com0