É difícil acreditar, ao ouvir
Royals, que Lorde é a grande revelação de 2013 e que sua música de trabalho
tenha feito tanto sucesso no mundo pop. Não é o caso de falta de merecimento, longe
disso, mas é estranho que, nesse momento da Pop Music internacional, de discos
produzidos de forma cada vez mais intricada, uma canção tão simples e ao mesmo
tempo desafiadora conseguiu chegar aos topo das paradas. Tudo nela está fora do
que esperamos de um clássico pop atual se tomarmos Lady Gaga como referência.
E fica mais impressionante quando
descobrimos que Ella Yelich-O’Connor é uma neozelandesa de apenas 17 anos.
Seu primeiro disco, Pure Heroine,
flerta com música eletrônica, hip-hop e faz um pop com pegada melancólica de
deixar Lana Del Rey no chinelo. Aliás,
para quem gosta de comparações, o som de Lorde soa, em alguns momentos, como o
de Lana, embora soe mais natural e menos planejado do que de sua predecessora.
Mas o que intriga mesmo é o que
foi que o público de Lady Gaga, Katy Perry e outras viu em Lorde, já que sua
música segue por um caminho oposto ao delas.
Outro mérito de Lorde é sua voz, profundamente
madura para uma garota de sua idade. Mas, se você ouviu Royals, sabe que falar
disso é chover no molhado.
Há um termo em Minas Gerais que
encaixa-se perfeitamente na tentativa de definir Lorde: sustança. Há sustança
em sua música, sua voz, sua letra. Sobriedade
e segurança que só são possível em garotas e garotos que são mais velhos que
sua própria idade.
Não ficarei surpreso se nos
próximos anos Lorde ser responsável por aquilo que de melhor o POP irá nos
oferecer.
Ouça também: Ribs e Buzzcut Season.
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