domingo, 12 de janeiro de 2014

Lorde e sua música madura e desafiadora.

É difícil acreditar, ao ouvir Royals, que Lorde é a grande revelação de 2013 e que sua música de trabalho tenha feito tanto sucesso no mundo pop. Não é o caso de falta de merecimento, longe disso, mas é estranho que, nesse momento da Pop Music internacional, de discos produzidos de forma cada vez mais intricada, uma canção tão simples e ao mesmo tempo desafiadora conseguiu chegar aos topo das paradas. Tudo nela está fora do que esperamos de um clássico pop atual se tomarmos Lady Gaga como referência.
E fica mais impressionante quando descobrimos que Ella Yelich-O’Connor é uma neozelandesa de apenas 17 anos.
Seu primeiro disco, Pure Heroine, flerta com música eletrônica, hip-hop e faz um pop com pegada melancólica de deixar Lana Del Rey no chinelo.  Aliás, para quem gosta de comparações, o som de Lorde soa, em alguns momentos, como o de Lana, embora soe mais natural e menos planejado do que de sua predecessora.
Mas o que intriga mesmo é o que foi que o público de Lady Gaga, Katy Perry e outras viu em Lorde, já que sua música segue por um caminho oposto ao delas.
Outro mérito de Lorde é sua voz, profundamente madura para uma garota de sua idade. Mas, se você ouviu Royals, sabe que falar disso é chover no molhado.
Há um termo em Minas Gerais que encaixa-se perfeitamente na tentativa de definir Lorde: sustança. Há sustança em sua música, sua voz, sua letra.  Sobriedade e segurança que só são possível em garotas e garotos que são mais velhos que sua própria idade.
Não ficarei surpreso se nos próximos anos Lorde ser responsável por aquilo que de melhor o POP irá nos oferecer.


Ouça também: Ribs e Buzzcut Season.