quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cinema: Os Destaques de 2011 na Indústria Cinematográfica.

O ano de 2011 veio recheado de grandes filmes e diretores consagrados se mostraram inspirados. Claro, obviamente, como todos os anos, lixos cinematográficos também vieram aos montes, sendo sucessos de bilheteria e arrecadando milhões. Porém, o Blog Esfinge Cultural prefere os filmes inteligentes, com bons roteiros e interpretações dignas de aplausos. Resolvemos não incluir os principais filmes que concorreram ao Oscar 2011. Dessa vez, sem colocar filmes em melhores ou piores posições, listaremos os destaques do ano e uma pequena crítica sobre cada um, levando em conta a qualidade da história contada, não o sucesso frente ao público.

* Meia Noite em Paris: A história de Gil (Owen Wilson), escritor um tanto quanto frustrado que encontra a verdadeira "inspiração" na encantadora Paris, é contada por Woody Allen de uma forma sensível e peculiar, como só ele consegue fazer. O diretor faz com Paris o que fez com Barcelona no excelente "Vicky Christina Barcelona". O filme conta ainda com Rachel McAdams e Carla Bruni no elenco.

* Melancolia: Ao divulgar seu filme no festival de Cannes, o polêmico diretor Lars Von Trier causou alvoroço ao afirmar que entendia as ações de Hitler. Barulhos a parte, ele conseguiu novamente lançar um excelente filme. Melancolia trata do fim do mundo através de dois pontos distintos, onde Kirsten Dunst faz uma mulher conformada com o acontecimento e Charlotte Gainsbourg mostra desespero frente a situação. Filme tenso e forte, característica do diretor.

* A Pele Que Habito: E Almodóvar consegue encontrar o seu lugar nesse maravilhoso filme onde Antonio Banderas é o protagonista. Genial, ele lança um filme de terror onde o terror se encontra nos diálogos, nos objetos, nas angústias veladas. Banderas é um cirurgião plástico que perdeu sua mulher em um acidente e passa a tentar criar uma pele em um laboratório, pele essa que poderia ter salvado sua esposa. Filme curioso e criativo.

* O Palhaço: Tendo Selton Mello como diretor e protagonista, o filme conta a história de um palhaço procurando a alegria de viver. Ao mesmo tempo que leva alegria às pessoas, ele se questiona sobre o quê traz alegria a ele. Sensível e conceituado como uma comédia inteligente, difere da maioria dos filmes brasileiros comerciais.

* Não me Abandone Jamais: O diretor Mark Romanek está a frente deste filme sobre clonagem, mas tratando do assunto com extrema sensibilidade e delicadeza. Emocionante e questionador é um filme que nos faz pensar se toda a tecnologia da época atual existe mesmo para facilitar nossa vida. Com Carey Mulligan, Keira Knightley e Andrew Garfield no elenco.

* O Deus da Carnificina: Roman Polanski está de volta na direção de inquietante filme preso a diálogos. Quando dois garotos brigam, seus pais resolvem marcar um reunião para tratar do problema e é aí que o filme se desenrola. Com Jodie Foster e a maravilhosa Kate Winslet.

* Lope: A cinebiografia de Félix Lope de Vega chega às telonas de forma eficaz com direção de Andrucha Waddington em co produção entre Brasil e Espanha. Com Alberto Ammann e Selton Mello no elenco.

* Precisamos Falar Sobre Kevin: Com direção de Lynne Ramsay, o filme conta a história de Kevin, que é preso após cometer uma chacina em seu colégio e sua mãe, atônita, só encontra consolo após começar a se corresponder com seu marido, que não vê faz anos. Belíssima interpretação da mãe, vivida por Tilda Swinton.

* Um Sonho de Amor: Outro filme com Tilda Swinton, dirigido por Luca Guadagnino, trata do drama de uma família residente em Milão, que é surpreendida quando várias mudanças começam a dar novos rumos a cada membro da família.

* Uma Doce Mentira: Novo filme de Audrey Tautou, imortalizada como Amélie Poulain. Dirigido por Pierre Salvadori, o filme é uma comédia leve e sensível, que trata das confusões originadas quando Emmilie envia para sua mãe uma carta de amor que lhe foi endereçada, a fim de proporcionar à mesma mais alegria.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2011 Musical - Parte 02: Os Destaques de 2011 no Mercado Fonográfico.

Continuando a lista dos dez melhores lançamentos de 2011, o Blog Esfinge Cultural lista as cinco primeiras colocações. Deve-se considerar que o presente ano teve realmente grandes lançamentos, mas o Blog escolheu os artistas mais criativos ou aqueles que foram mais coesos dentro do seu estilo musical. Eis os cinco primeiros colocados:

5 - Superheavy - Superheavy: A super banda composta por Mick Jagger, Joss Stone, Damian Marley, A. R. Rahman e Dave Stewart, lançou um disco homônimo mesclando as referências musicais de cada um, mas é na potente voz de Joss Stone e no delicioso reggae do filho mais novo de Bob Marley que a banda encontrou seu lugar e se acerta, fazendo jus ao título de Super. Não se sabe se haverá outros discos ou se a banda entrará em turnê, mas o certo é que esse grandioso disco ficou marcado para os amantes da boa música.

4 - Pitanga em Pé de Amora - Pitanga em Pé de Amora: Disco homônimo do grupo Pitanga em Pé de Amora, lançado no início do ano e disponibilizado para download gratuito no site da banda, mescla forró, MPB, frevo e até jazz em um som delicioso, seja para relaxar lendo um bom livro ou até mesmo arriscar uma dança a dois.

3 - Cícero - Canções de Apartamento: Com um disco encantador, Cícero soa leve, seu violão nos acalenta e por vezes nos encontramos pensativos ao ouvir suas músicas. Cícero se mostra um artista brilhante e de uma sensibilidade ímpar. O clipe de "Tempo de Pipa" pode ser considerado, embora simples, como um dos mais sublimes dos últimos tempos.

2 - Adele - 21: Adele foi o grande nome de 2011. As vendas de seu segundo disco superou todas as expectativas, transformando-a em um fenômeno da música. Seu canto visceral, sentimental e emotivo embalaram o dia a dia de várias pessoas ao redor do mundo, com destaque para "Rolling in the Deep" e "Someone Like You". Embora tendo que se ausentar por conta de um problema na garganta, seu DVD "Live at the Royal Albert Hall", conseguiu captar toda a potência e grandiosidade de seu canto.

1 - Mariana Aydar - Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo:
Mariana Aydar merece com louvor o primeiro lugar. Seu fantástico disco é além de inovador, dono de uma produção luxuosa, contando com a mão do maestro Letieres Leite da Orquestra Rumpilezz. Esse é o disco mais introspectivo da cantora e mesmo assim, o mais completo. Sua regravação de Galope Rasante, música popularizada na voz de Zé Ramalho é de uma grandiosidade e exuberância cinco estrelas. Mariana vai além, ela regrava "Vai Vadiar" de Zeca Pagodinho e encanta no xote "Preciso do Teu Sorriso", sempre com uma qualidade vocal perfeita e uma produção impecável. Juntando perfeição e qualidade, é de Mariana Aydar o primeiro lugar da nossa lista.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

2011 Musical - Parte 01: Os Destaques de 2011 no Mercado Fonográfico.

O ano de 2011 foi um ano muito proveitoso para o meio musical. Vários lançamentos podem ser creditados como importantes para o meio fonográfico. Tanto nacionais quanto internacionais, artistas abusaram da criatividade para lançar obras diferenciadas que caíram no gosto do público e da crítica. O Blog Esfinge Cultural listará alguns dos principais álbuns lançados esse ano e que podem ser caracterizados como destaques.

10 - Florence and The Machine - Cerimonials: A banda de rock britânica liderada por Florence Welch lançou em 2011 o seu segundo disco, intitulado "Cerimonials", depois de uma estréia promissora com o disco "Lungs". De um álbum para outro, pouca coisa mudou, mas mostra que tem fôlego para longos anos de carreira.

9 - Danilo Moraes - Danilo Moraes e Os Criados Mudos: O cantor Danilo Moraes ao lado da banda intitulada Os Criados Mudos lançou nesse ano um fantástico disco homônimo onde mistura samba, MPB e muito swing com letras irreverentes e criativas, com participação da cantora Céu e a regravação de "Mais um Lamento", presente no disco de estréia da mesma.

8 - Feist - Metals: Depois do grande sucesso do disco "The Reminder" e da música "1234" ter alcançado as primeiras posições em diversos países, Feist volta com o introspectivo e experimental "Metals". Feist dosa perfeitamente novas experimentações sem perder ou se deslocar do estilo folk que é uma das características de sua música.

7 - Manu Santos - Nossa Alegria: Manu Santos pode não trazer nada de novo para a intitulada Nova MPB, nem ser considerada uma das melhores cantoras brasileiras, mas foi capaz de lançar um grande disco. Sua voz agradável e seu jeito leve de conduzir as canções tornam a audição de "Nossa Alegria" um delicioso prazer, principalmente nas regravações de "Deixa eu Dizer" e "Un Vestido y Un Amor" e na excelente "Mulher Jangadeira" onde mostra toda sua brejeirice.

6 - Criolo - Nó na Orelha: O rapper Criolo foi o grande destaque do VMB, prêmio concedido pela MTV e fez uma linda apresentação junto com Caetano Veloso da sua música, já um hino para os amantes do rap brasileiro, "Não Existe Amor em SP". Cultuado pela mídia e pelos críticos, Criolo é dono de um álbum criativo e usa de letras sagazes para criticar a sociedade atual.


Em Breve as Cinco Primeiras Posições!!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Resenha de Disco: Feist Foge das Músicas Radiofônicas no Sensacional "Metals".

Depois de quatro anos sem lançar nenhum material inédito, a cantora Canadense Leslie Feist, mais conhecida somente por Feist, coloca no mercado "Metals", seu mais novo e incrível trabalho, depois do aclamadíssimo "The Reminder", cujo single "1234" a colocou sob as luzes dos holofotes durante um bom tempo. Feist continua fiel ao seu estilo pop e folk indie, mas não repete a fórmula do citado single. Metals passeia entre sons sombrios incorporados pela suavidade da voz de Feist, o que confere uma leveza ao trabalho como um todo. A cantora é a principal compositora das 12 faixas do disco, sendo que em 8 ela trabalha sozinha nessa tarefa, o que faz com que Metals seja um disco mais que autoral. Pode-se destacar a suavidade de "Bittersweet Melodies", o coro de cantores que a acompanham em "A Commotion", o flerte com o blues em "Anti - Pioneer" e o fantástico instrumental de "How Come You Never Go There". Feist procura se inovar de forma segura, sem grandes mudanças no seu já consagrado estilo, mas também não opta por pisar apenas em terreno seguro. Sons considerados experimentais também pontuam o repertório de Metals e não deixa Feist cair na mesmice. Ao contrário do que acontece no mercado fonográfico, Feist foge de sucessos radiofônicos e continua caminhando na linha indie. Com isso, o disco é mais um avanço na carreira da cantora e, mesmo sendo lançado já ao final do ano, é possível que venha a figurar nas costumeiras listas dos melhores que norteiam anualmente revistas e sites especializados.