quarta-feira, 11 de maio de 2016

Resenha de Filme: Emma Watson brilha em "Colonia", filme que mistura romance, drama e suspense de forma inteligente.


Impossível começar a falar de Colonia sem exaltar o talento de Emma Watson. A já não "eterna" Hermione da saga Harry Potter nos cinemas vem apresentando trabalhos significativos, com excelentes interpretações, e no longa de Florian Gallenberger, diretor que também assina o roteiro, ela entrega um atuação com alma, digna de aplausos. Em meio ao golpe de Estado que derrubou o presidente Salvador Allende e culminou com a ascensão do ditador Augusto Pinochet no Chile, em 1973, o casal alemão Lena (Watson) e Daniel (Daniel Bruhl) enfrenta a onda turbulenta das manifestações. Quando o rapaz é levado pela polícia secreta de Pinochet, Lena descobre que ele está em um lugar chamado Colonia Dignidad, uma missão de caridade dirigida pelo pregador Paul Schafer (Michael Nygvist). Ao se juntar a esse culto religioso para salvar Daniel, Lena descobre segredos terríveis e vê a chance de escapar cada vez mais remota. Interessante apontar que a Colonia Dignidad realmente existiu durante quatro décadas, onde apenas 5 pessoas conseguiram escapar. Gallenberger consegue fazer uma pesquisa história impressionante, reconstruindo o local através de fotos com bastante fidelidade. Romance, drama e suspense se misturam de forma coesa, fazendo de "Colonia" um filme tenso, nervoso, que prende a atenção do início ao fim, principalmente no fim, que mesmo fugindo da realidade histórica, oferece cenas eletrizantes. O filme pode causar certo incômodo com as cenas fortes com o pregador Paul Schafer, envolvendo principalmente atos de tortura, sendo inegável que Michael Nygvist entrega um personagem repugnante, marcante e repulsivo. Embora o filme não entregue algumas respostas sobre a vida dos personagens principais, "Colonia" é filme que vale a pena ser assistido, principalmente pelas interpretações excelentes.

Escrito por André Ciribeli.