terça-feira, 24 de julho de 2012

Um Ano Sem Amy Winehouse.

Na semana em que se completa um ano da morte de Amy Winehouse, a celebração na mídia de sua curta carreira faz reacender a sua importância para a música. Em minha opinião, mais importante é entender o que ela foi pra mim, seu fã declarado. Ouvindo novamente o primeiro verso de "Love is a Losing Game", é impossível não encarar a como um epitáfio de sua própria vida: sim, Amy foi uma chama, que acendeu e apagou rapidamente, mas cuja intensidade deixou marcas profundas em todos, nos que gostavam e nos que não. Mas, o que ela tinha de diferente? Amy era uma drogada? Sim. Amy era instável? Sim, ainda bem. Em um mundo onde reina o falso puritanismo, a música e toda a arte se rendem a artistas planejados em cada detalhe para o sucesso, como se saíssem de uma mesma fábrica, feitos em série. Nessas circunstâncias, Amy foi um sopro de autencidade, uma chama de verdade no mercado fonográfico. Seus demônios e seus amores estavam ali, todos expostos em suas letras e apresentações ao vivo. Ninguém se doou tanto quanto Amy e, aqueles como eu, que tiveram a oportunidade de vê-la e ouvi-la, sabem que outra como ela será difícil de encontrar. O que Amy tinha de diferente era a honestidade, que aliada a uma voz incrível e um talento sem precedentes, a transformaram na lenda que ela é hoje. Amy foi rápida demais, intensa demais e, para nós, simples mortais, nos resta celebrar a música de quem ofereceu tanto de si, de forma sincera, apaixonada e inesquecível. Muito obrigado, Amy Winehouse.

Texto de Rafael Tavares.

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