segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Resenha de Disco: "Havoc and Bright Lights", o Mais do Mesmo de Alanis Que Vale a Pena.

A maternidade fez bem para Alanis Morissette. Seu primeiro disco após o nascimento de seu rebento é um bom exemplar daquele pop rock que ela sabe fazer tão bem. Se o anterior, "Flavors of Entanglement", era um tanto sombrio devido ao fim de seu relacionamento com o ator Ryan Reynolds, "Havoc and Bright Lights" é bem mais solar, e isso já deixa claro até no nome do álbum. A cantora canadense tem um grupo de fãs que esperam dela um novo "Jagged Little Pill", seu disco de maior sucesso e que a lançou para o mundo. Se você é um desses, já digo, não foi dessa vez. Ainda bem. Quem conhece bem a sua carreira sabe que ela é influenciada muito pelo que acontece em sua vida e que a garota de cabelo grande (e aparentemente sujo) ficou lá na década de 90. Depois disso ela foi para a Índia, casou, descasou, casou novamente e teve um filho. E é isso que a influenciou agora. Se for para comparar com um de seus discos anteriores, "Havoc and Bright Lights" tem um quê de "Under Rug Swept" (2002), com seu pop rock pouco sisudo e bastante despretensioso. "Lens", a sexta faixa do disco, é uma daquelas canções para se cantar junto, com a marca registrada do estilo musical de Alanis. Outros destaques são "Empathy", "Win and Win", "Havoc" e "Receive". Alguns dirão que "Havoc and Bright Lights" é mais do mesmo. E é. Mas, é um mais do mesmo que vale a pena. Longe da pretensão de fazer um disco que revolucionasse a própria carreira, Alanis sempre deixa claro que canta (e conta) aquilo que tem vontade.

Resenha escrita por Rafael Tavares.

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